Jô Soares morreu nesta sexta-feira (08/05) no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. O artista de 84 anos estava internado desde o dia 28 de julho. José Eugenio Soares deixou um legado no teatro, na literatura e na televisão.
A causa de sua morte não foi divulgada. A cerimônia de despedida será íntima, com apenas familiares e amigos próximos.
Conhecido por sua arte, Jô Soares, nascido no Rio de Janeiro em 1938, abriu mão da carreira de diplomata para se dedicar à televisão.
Quando estreou na televisão em 1958, conseguiu atender 3 emissoras simultaneamente. TV Rio, TV Continental e TV Tupi. Dois anos depois, mudou-se para São Paulo para se dedicar exclusivamente às gravações de TV.
Entre 1967 e 1971, Jô Soares ganhou o famoso programa “Família Trapo”, onde trabalhou como roteirista com o humorista Carlos Alberto de Nóbrega. Na mesma série, algum tempo depois, ele ganhou o papel de Mordomo Gordon.
Em 1970, assinou contrato com a TV Globo e estreou no rádio com “Faça Humor, Não Faça Guerra”. Além desses, esteve em outros espetáculos até a estreia de Viva o Gordo (o maior ícone de sucesso humorístico de sua carreira).
Programa de Entrevistas que marcaria várias gerações
No ano de 1987, Jô Soares resolveu não renovar com a TV Globo e foi para o SBT. Ele começou a apresentar o talk show. “Jô Soares Onze e Meia” que ficou no ar por 11 anos. Na visão de Jô, esse estilo de arte é o que mais lhe traz alegria. Ele disse que se sentia vivo ao falar com o entrevistado.
Em 2000, voltou à Globo e foi ao ar até 2016 com o “Programa do Jô”. Esse modelo de programação tornou-se um marco na televisão brasileira.
Além da televisão e do humor, Jô Soares escreveu muitos livros. Além de publicar crônicas nos jornais “O Globo” e “Folha de São Paulo”, publicou livros aclamados pela crítica: “O Astronauta sem Regime”, “Rua O Xangô de Baker”, “Matando Getúlio Vargas” pessoas”, “Assassinato na Academia Brasileira de Letras” e “As Esganadas”.
Ao longo de sua carreira na televisão, Jô foi marcado por chavões. Entre eles, “Beijo do Gordo”. O comediante se despedia do público com esta frase no final de seus programas.
Para muitos fãs e artistas, despedir-se de Jô Soares é um momento de memória, tristeza e saudade. Ao longo de sua carreira, Jô fez história, lançou artistas e levantou multidões que não tinham um sorriso fácil em suas vidas. Claro que o artista ficará eternizado no coração de quem acompanhou sua trajetória, conquistas e contribuições.
Aqui “Jazz” Jô Soares. O trocadilho foi dito, certa vez pelo próprio Jô, com muito humor, de como gostaria que ficasse escrito em sua lápide, se referindo à sua paixão pelo estilo musical.