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quarta-feira, 24 julho 2024
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Paciente canta e toca violão durante cirurgia cerebral no Hospital Cajuru

O tradicional silêncio que permeia os corredores do centro cirúrgico foi substituído por acordes de violão e melodias emocionantes no Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba.

Paciente canta e toca violão durante cirurgia para retirada de tumor cerebral, paciente Maurício Stemberg tocou e cantou para garantir que partes importantes do cérebro não fossem afetadasCréditos: Divulgação
Paciente canta e toca violão durante cirurgia para retirada de tumor cerebral, paciente Maurício Stemberg tocou e cantou para garantir que partes importantes do cérebro não fossem afetadas
Créditos: Divulgação

Paciente canta e toca violão durante cirurgia

Em um feito inédito, Maurício Stemberg, um paciente de 55 anos, não apenas enfrentou uma cirurgia para a retirada de um tumor cerebral, como também trouxe consigo sua paixão pela música para o procedimento. Cantando e tocando violão, ele não apenas alegrava o ambiente, mas contribuía ativamente para o sucesso da intervenção.

O paciente, também conhecido como produtor musical, escolheu essa extraordinária abordagem para assegurar que áreas vitais do cérebro não fossem comprometidas durante o delicado processo cirúrgico. Com uma seleção musical que incluiu desde suas próprias composições até clássicos da música popular brasileira, como os de Alcione, Maurício demonstrou coragem e determinação. Em suas palavras, “A música me dá forças para superar qualquer obstáculo e poder tocar durante a cirurgia trouxe um novo significado para a minha carreira.”

Os primeiros sintomas que Maurício experimentou foram inicialmente confundidos com meros sinais de cansaço. No entanto, convulsões e desmaios fizeram soar o alarme, levando-o a procurar ajuda médica. Em um curto período de aproximadamente duas semanas, o diagnóstico da condição cerebral e a subsequente cirurgia, realizada no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), foram realizados.

O procedimento, que teve duração total de cerca de sete horas, incluiu um momento singular: metade desse tempo foi vivido acordado pelo paciente. O que poderia parecer um cenário de apreensão e ansiedade foi transformado por Maurício em uma oportunidade única de estar mais próximo de sua maior paixão: a música. “Depois de passar por tudo isso, entendi que realmente Deus escreve certo por linhas tortas. Hoje, sem nenhuma sequela, carrego uma gratidão imensa pelo cuidado médico e pelo atendimento do hospital”, relata emocionado.

O caso de Maurício Stemberg não apenas evidencia a incrível capacidade humana de superação, mas também ressalta o papel fundamental da música como fonte de inspiração e força, mesmo nos momentos mais desafiadores. Sua história ecoará nos corredores do hospital e além, lembrando a todos que a determinação aliada à arte podem desencadear verdadeiros milagres.

Menos de 48 horas após fim da cirurgia, paciente deixou hospital com seu violão em mãos e pronto para novos começosCréditos: Divulgação
Menos de 48 horas após fim da cirurgia, paciente deixou hospital com seu violão em mãos e pronto para novos começos
Créditos: Divulgação

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A cirurgia com paciente acordado

O neurocirurgião Carlos Alberto Mattozo foi o responsável pela cirurgia. Ele explica que, em casos como o de Maurício, a complexidade do tumor está na sua localização em uma área diretamente relacionada aos mecanismos da linguagem. Como o paciente trabalha com música diariamente, realizar atividades que fazem parte de sua rotina se mostrou essencial para preservar as funções. “Logo que o paciente soube que precisaria passar por uma cirurgia no cérebro, ele ficou preocupado com o impacto que isso poderia ter em suas habilidades musicais, o que foi decisivo para realizarmos o procedimento com o Maurício tocando o violão”, relembra.

Nesses casos, o paciente é inicialmente sedado e dorme na primeira parte da cirurgia, enquanto são realizadas a neuronavegação, com um sistema computadorizado e luz infravermelha que auxilia na localização intraoperatória, a incisão e a abertura do crânio. Após essas etapas, a medicação é diminuída e o paciente é despertado. A partir desse ponto, ele fica apto a responder a todas as perguntas do médico durante o procedimento cirúrgico e executar ações, como tocar, cantar e conversar. “Normalmente, o paciente é acordado durante o procedimento para fazer testes e verificar se há desenvolvimento de alguma alteração ou lesão neurológica”, explica o médico do Hospital Universitário Cajuru.

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