Roupas para pets – Animais de estimação precisam de proteção extra? Segundo Fernanda Pereira Risoli, veterinária e coordenadora do pronto-socorro do Hospital Veterinário Veros (em São Paulo), a resposta é sim, mas fatores como pelagem, porte e idade do animal devem ser considerados.
“Por exemplo, a pelagem do Pincher é muito curta e tem muito pouca massa muscular, o que o faz sentir mais frio que o Akita ou o Husky Siberiano, que tem pelagem mais longa e vêm de regiões mais frias.” O contrário também é verdadeiro. Com cães maiores, como o Rottweiler, ou de pelo comprido em cães pequenos, mas geralmente cortado rente à pele, como o Shih Tzu. “Para eles, proteção adicional também pode ser fornecida”, explicou.
Em termos de faixas etárias, filhotes e adultos mais velhos também são candidatos para a roupa para pets de inverno porque seus pelos são mais curtos e finos, e têm menos massa muscular e camadas de gordura.
Levando em conta todas essas variáveis, o tutor deve estar atento aos sinais de frio do animal. Quando eles começam a entrar em contato com humanos com mais frequência, procuram calor, e as pontas de suas orelhas e almofadas das patas ficam frias ou arrepiam, é hora de pensar no que vestir.
Como escolher as roupinhas para os pets?
Entre tantas opções disponíveis no mercado, pode ser difícil escolher a mais adequada. Na dúvida, a regra de ouro é conforto. Para começar, é preciso conhecer as medidas do animal. Roupas apertadas são altamente desaconselháveis e estão entre os principais motivos da rejeição por parte dos pets.
Se não for possível levá-lo junto para experimentar a roupa, uma dica é medir o pescoço e a cintura com um barbante, deixando dois dedos de folga. Outra é dar preferência a modelos que possam ser vestidos sem ter que passar pela cabeça e com fecho nas costas.
Outro ponto que requer atenção são as costuras internas, que dependendo da posição e da espessura, podem gerar incômodo quando o animal se deita e até causar machucados.
Cuidados
Não há contraindicações ao tecido das roupas para pets, a menos que o animal já tenha histórico de alergia a determinados materiais. Mesmo assim, é importante observar o comportamento do seu animal de estimação para determinar possíveis respostas, que ele mostrará ao tentar se despir ou se coçar.
Quando isso acontece, o primeiro passo é tirar a roupinha do animal e levá-lo ao veterinário. Em alguns casos, a causa da alergia pode não ser o tipo de tecido, mas sim o produto utilizado na lavagem. O ideal é sempre lavar as roupas para pets com sabão neutro ou hipoalergênico e nunca usar amaciante. O mesmo vale para roupas de cama, cobertores e travesseiros.
Mesmo que o frio não dê trégua, Fernanda chama a atenção para a importância de retirar a roupa e escovar o pet pelo menos uma vez por semana. No caso daqueles com pelos mais longos e finos, a frequência deve ser maior, podendo até ser diária. Ao escovar o animal, o tutor deve se atentar às “caspas” (seborreia), que indicam abafamento da pele, ou até mesmo vermelhidão e feridas.
Nós nos pelos também servem de alerta: “O pelo fica entre a pele e a roupa, e na movimentação vai embolando. Se não for feita a escovação, vira um nó que tende a ferir a pele por causa do atrito”. Também é fundamental manter o controle parasitário do pet em dia, pois a roupa pode mascarar a aparição de pulgas e carrapatos.
Respeitado o intervalo para escovação, não há problema em deixar o pet vestido no restante do dia. Mas caso ele tenha o hábito de tomar sol ou sair para um passeio, a recomendação é aproveitar este momento para deixá-lo livre da proteção extra e evitar o aumento da temperatura corporal.