A Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba, por meio do departamento da Pesquisa e Conservação da Fauna, tem se dedicado ao monitoramento das capivaras na capital paranaense. Com o recente surto de febre maculosa em Campinas, no interior de São Paulo, a Prefeitura de Curitiba redobrou os cuidados com o monitoramento desses animais. Até o momento, não há registros de infecção das capivaras na capital.
Monitoramento das Capivaras
Desde 2015, a Prefeitura de Curitiba tem intensificado o monitoramento das capivaras na cidade. Em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e com a Unidade de Vigilância de Zoonoses da Secretaria Municipal da Saúde, pesquisadores do Museu de História Natural Capão da Imbuia têm acompanhado as populações de capivaras na cidade, além da ocorrência e distribuição de carrapatos nos parques de Curitiba.
“O clima frio de Curitiba não favorece a existência de superpopulação de capivaras e nem de carrapatos, situação reforçada pela constante manutenção com roçadas e limpeza nas áreas de lazer dos parques municipais. Não há registro de casos de febre maculosa em Curitiba”, explicou o diretor do departamento da Preservação e Conservação da Fauna, Edson Evaristo.
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Cuidados Necessários
É fundamental ressaltar que as capivaras são animais silvestres nativos, que habitam há muito tempo o curso dos rios, mesmo aquelas que agora se encontram em áreas urbanas. Por serem animais protegidos pela Constituição Federal (artigo 225) e pela Lei Federal 9605/1998 (Lei de Crimes Ambientais), é essencial que se respeite o espaço da fauna selvagem e não haja interações inadequadas com os animais que vivem nos parques.
Nesse sentido, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente instalou placas de alerta no Parque Barigui para informar sobre a aproximação indevida com as capivaras. Apesar de aparentarem ser dóceis, é importante lembrar que as capivaras são animais silvestres e suas reações diante do contato humano ou de animais domésticos são imprevisíveis.
Ministério da Saúde
A febre maculosa é uma doença transmitida pelo carrapato infectado pela bactéria do gênero Rickettsia. Até o momento, não há registros de casos da doença em Curitiba. No entanto, com o surto ocorrido em Campinas, a Prefeitura de Curitiba está redobrando os cuidados para evitar possíveis infecções.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), um caso de febre maculosa foi confirmado em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado. Além disso, há outras 43 notificações em análise na região. Em todo o Brasil, já foram confirmados 53 casos da doença neste ano, resultando em oito mortes. A maior concentração de casos é verificada nas regiões Sudeste e Sul, ocorrendo de forma esporádica.