A reforma do Teatro Paiol acabou dando o que falar nos últimos dias. Boa parte dos moradores de Curitiba criticou a nova cor “amarela” pelas redes sociais.
O Teatro Paiol é um dos cartões de Curitiba. Faz parte do roteiro da Linha Turismo. Inclusive é classificado como Unidade de Interesse de Preservação (UIP) da prefeitura.
Mas o que está dando o que falar é o resultado de como está ficando a “reforma do Teatro Paiol”. Boa parte dos moradores não está gostando do que está vendo e isso inclui o primeiro arquiteto responsável pelo projeto do Teatro Paiol nos anos de 1970 (gestão Jaime Lerner), Abrão Assad.
Assad se mostrou surpreso por não ter sido previamente chamado ou consultado, em uma carta aberta à comunidade. Segundo ele, o Teatro Paiol passou por diversas adversidades, todas superadas e essa é mais uma.
O que diz a Prefeitura
Em reportagem para a Gazeta do Povo, a Prefeitura de Curitiba relata que a reforma do Teatro Paiol foi elaborada pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC) e tem o acompanhamento da Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop).
O objetivo da reforma é recuperar o edifício e melhorar as condições do Teatro Paiol que se encontrava em processo de degradação. O projeto de reforma inclui reforço estrutural de paredes, janelas e portas, tratamento de fissuras, reabilitação do telhado, substituição de calhas e isolamentos acústicos, drenagem, impermeabilização e finalmente, a pintura externa.
A Fundação Cultural de Curitiba diz que “a reforma foi precedida de estudos técnicos e a cor amarela trabalhada conforme prospecção realizada por arquitetos especializados em patrimônio histórico”. A FCC diz ainda que a obra de conservação “não alterou o projeto do arquiteto Abrão Assad, [pois] nenhum detalhe arquitetônico da proposta do arquiteto foi alterado”.
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A Fundação diz que neste momento, o arquiteto Abrão Assad (após solicitar), está também colaborando com a reforma do Teatro Paiol: “para se chegar ao efeito de cor de aspecto antigo que costuma caracterizar o imóvel”.
“A obra da prefeitura de Curitiba garante o uso do Teatro do Paiol, com segurança, por pelo menos mais 50 anos”, conclui a Fundação Cultural de Curitiba.
Prestação de contas
A nota da FCC destaca a prestação de contas da reforma. O projeto foi aprovado pelo Comitê do Patrimônio Histórico e Cultural (CAPC) e submetido ao programa Cultura: Conservação, Promoção e Acesso, do Governo Federal. O custo total da obra foi de R$ 647.000,00 , dos quais R$ 463.000,00 foram fornecidos pelo Ministério da Cultura e R$ 184.000,00 pelo município.